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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Morte de PM foi ordem de facção que faria 4 alvos em Piracicaba, diz polícia

Para cada criminoso morto, grupo ordenava 2 homicídios, disse delegado.
Planos dos atentados tinham como focos policiais de qualquer corporação.

Do G1 Piracicaba e Região

Delegado Fernando Marcos Dultra e capitão Golini em entrevista nesta quinta (Foto: Araripe Castilho / G1)

O ataque ao sargento da Polícia Militar Arnaldo Francisco de Brito, em junho, no restaurante Habib's da Avenida Independência, em Piracicaba (SP), ocorreu por ordem de uma organização criminosa pela morte de um dos integrantes da facção no bairro Bosques do Lenheiro, na periferia da cidade, de acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que divulgou nesta quinta-feira (28) o resultado de apuração sobre a morte do PM.

Segundo o delegado Fernando Marcos Dultra, os criminosos pretendiam ainda fazer mais três atentados contra policiais (militares, civis, agentes penitenciários ou até guardas civis), mas os ataques foram frustrados com a prisão de 12 suspeitos, dos quais seis tiveram participação no homicídio de Brito e outros seis integravam a mesma organização criminosa. "Para cada membro morto, a cúpula desta facção ordena a execução de dois policiais", afirmou Dultra.

Após a morte de Reinaldo Cirino Franco, o Pedreiro, durante troca de tiros com a Força Tática da PM, no dia 12 de junho, no Bosques do Lenheiro, o grupo realizou o ataque ao sargento em 14 de junho no Habib's (veja vídeo ao lado) e pretendia executar mais um policial, informou Dultra. No entanto, como Francisco Fabiano Piazza, que atirou em Brito, foi morto também em troca de tiros com PMs em Brotas (SP), a facção planejava assassinar outros dois agentes de segurança de qualquer corporação, totalizando quatro alvos, afirmou o delegado.

"Além do sargento Brito, haveria outro assassinato em retaliação pela morte do Pedreiro e mais dois homicídios para vingar a morte do Piazza, que também era conhecido como Francisquinho. Mas os três novos ataques foram impedidos devido às prisões das pessoas envolvidas durante a investigação", disse Dultra. O delegado informou que toda apuração teve participação direta da Polícia Militar, com trocas de informações e ações onde a DIG não poderia atuar para não comprometer o trabalho.

Todos os envolvidos no crime contra o sargento Brito e também os suspeitos de participar da facção criminosa tiveram prisão temporária decretada e, segundo a Polícia Civil, a medida será convertida em prisão preventiva quando o inquérito for enviado ao Judiciário. A pena para os envolvidos no crime de homicídio qualificado poderá variar de 12 a 30 anos de prisão. Os demais devem cumprir de três a oito anos de cadeia.

Crime x sociedade

O capitão Golini, da PM, afirmou que os ataques a policiais são uma realidade desde 2006, quando a facção criminosa começou a comandar de dentro de presídios os atos de violência. "Os atentados não são apenas contra a Polícia Militar, são contra a sociedade. Um ataque a um PM é também um ataque da criminalidade à sociedade porque nós também fazemos parte da sociedade." Ele disse ainda que todos os policiais são orientados institucionalmente e com frequência sobre as medidas de segurança que precisam adotar para não se tornarem vítimas.


Novo ataque a PM

O delegado Dultra e o capitão Golini, da PM, não comentaram se a tentativa de homicídio contra mais um PM nesta semana também tem envolvimento de integrantes da facção criminosa. Por volta das 19h30 da última segunda-feira (25), um policial militar de 34 anos foi alvo de disparo de arma de fogo em frente a um supermercado da Rua Madre Maria Teodora, no Jaraguá. O tiro atingiu a cabeça da vítima, que foi socorrida ainda consciente pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e levado para a Santa Casa. "Não falamos sobre casos em andamento para não atrapalhar as investigações", afirmou Dultra.

fonte: g1.globo.com

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