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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Grupo Tigre simula ataque a cinema em Curitiba/PR





No último domingo (23), a invasão de terroristas em uma sala de cinema de um shopping de Curitiba foi a atividade simulada para colocar em ação as habilidades e conhecimentos dos policiais-alunos nesta fase final da sexta edição do Curso de Operações Táticas Especiais (Cote). O curso, iniciado há mais de um mês, é voltado à capacitação de excelência para policiais que podem vir a integrar o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), unidade especializada da Polícia Civil do Paraná.

“O curso busca trazer situações reais em que o grupo tenha que atuar, com o máximo de eficiência, em menor tempo e buscando os menores efeitos colaterais”, explica o investigador de polícia e coordenador do curso (os nomes dos integrantes do Tigre não são divulgados, por questão organizacional interna).

De acordo com ele, a simulação – considerada uma das missões mais complicadas de todo o curso – foi feita como forma de preparação também para a Copa do Mundo. Um grupo de pessoas foi rendido por quatro terroristas dentro da sala e os policiais foram treinados para fazer a retomada do local.

“É uma forma de preparar os policiais para situações de crise em grandes eventos, simulando uma ação como a que ocorreu no teatro de Moscou, em 2002”, relembrou o coordenador do Cote. Naquele ano, aproximadamente 700 pessoas foram feitas reféns por homens armados que ameaçavam explodir o prédio, reivindicando o fim da guerra na Tchetchênia. O fato, real, ocorreu em um teatro na zona sul de Moscou.

Na ação do Tigre neste fim de semana, enquanto os supostos terroristas mantinham o público preso na sala de cinema, um dos “criminosos” saía do local com um refém, para tentar fugir em um veículo, no estacionamento do shopping.

Simultaneamente, os policiais entraram em ação dentro da sala de cinema e no estacionamento. Para o coordenador do Cote, a ação foi bem sucedida. “Eles agiram conforme o esperado, tomando o controle da sala em menos de um minuto”.

O CURSO – O Cote faz uma qualificação física, tática, psicológica e intelectual para atuar de forma eficaz em missões de alto risco, com emprego de táticas adotadas internacionalmente em Grupos de Operações Táticas Especiais.

Os policiais-alunos do curso passam por uma revisão do trabalho policial, com diversos treinamentos, simulações e por uma fase técnica. O desenvolvimento de habilidades inclui emprego tático de pistola, submetralhadora e fuzil de assalto; parte de combate em recintos fechados; atendimento pré-hospitalar tático; rapel; ambientação ao meio aquático e combate desarmado.

Durante o Cote, os policiais são submetidos a uma carga de atividades físicas e psicológicas para testar as limitações e verificar se possuem perfil para a atividade. Antes de ingressarem no curso, os candidatos passaram por testes preliminares. Foram ofertadas 14 vagas para investigador, três para delegados e oito para policiais civis de outros estados. Todos com mais de dois anos de experiência. Participam também policiais militares, policiais rodoviários federais e um oficial da Força Aérea Brasileira.

ATUAÇÃO - Em pouco mais de 23 anos de existência, o Tigre mantém 100% de eficácia nos casos em que atuou, de sequestro e extorsão mediante sequestro. Em todas as vezes em que o Tigre teve que agir, desde sua criação, as vítimas foram resgatadas vivas e nunca houve necessidade de pagamento de resgate.

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