Manaus/AM – A Polícia Federal, juntamente com a Secretaria da Receita Federal do Brasil, hoje (2/8), deflagrou a Operação Hidra, com o objetivo de desarticular organização criminosa que operava no Amazonas, voltada para as mais diversas práticas criminosas, especialmente crimes de estelionato, falsificação de documentos públicos e privados, falsidade ideológica e sonegação fiscal.
São cumpridos 12 mandados de prisão preventiva, expedidos contra empresários e comerciantes da capital, 30 mandados de busca e apreensão em residências e empresas, além do bloqueio de ativos dos investigados, expedidos em Inquérito Policial que tramita sob segredo na Justiça Federal do Amazonas.
As investigações se iniciaram no mês de maio de 2013, na Delegacia de Defesa Institucional – DELINST/SR/DPF/AM, e demonstraram que, através da falsificação massiva de todo tipo de documentos, públicos e privados, dezenas de empresas fantasmas foram criadas pela organização criminosa investigada. Essas empresas eram criadas com o objetivo de fraudar instituições financeiras e bancárias – por meio da obtenção fraudulenta de empréstimos, financiamentos e linhas de crédito que não eram honrados –, instituições comerciais – pro meio da emissão de cheques sem fundos – e o Fisco – por meio de sonegação fiscal.
O nome da operação – Hidra – faz referência a uma espécie de animal aquático cnidário, que vive em água doce (parente das medusas de água salgada), e possui o poder de regeneração mais desenvolvido do reino animal, podendo, teoricamente, viver para sempre, sem jamais envelhecer, a não ser que seja alcançado por um predador. E a exemplo da hidra de água doce, a organização criminosa investigada possuía enorme capacidade de regeneração e pretendia perpetuar sua atuação, pois para cada CNPJ e/ou CPF fraudulentos cancelados pela Receita Federal por suspeita de fraude, ou ainda negativados/recusados pelas instituições comerciais e bancárias, diversos outros eram criados mediante uso de todo tipo de documentos falsos.
Os mandados estão sendo cumpridos em empresas e residências nos bairros Jorge Teixeira, São José, Amazonino Mendes, Zumbi dos Palmares, Grande Vitória, Cidade Nova e outros desta capital, por um contingente de mais de 120 pessoas, entre Policiais Federais e servidores da Receita Federal.
Foram apurados indícios de diversos crimes, tais como estelionato, falsificação de documentos públicos e privados, falsidade ideológica e crime contra ordem tributária. Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos, pelo não recolhimento dos tributos devidos, pode chegar a R$ 5 milhões, além de outro prejuízo milionário à Caixa Econômica Federal, decorrente de empréstimos obtidos mediante fraude.
Centenas de outras empresas e pessoas que usufruíram do mesmo esquema fraudulento de criação e transferência de empresas mediante uso de documentos falsos foram identificadas durante as investigações e serão objeto de novas investigações e ações de fiscalização da Receita Federal do Brasil.
fonte: www.dpf.gov.br
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