Criado em 1984, o Serviço Aerotático da Polícia Civil completa nesta quarta-feira (14) 29 anos de existência e já acumula mais de 14 mil horas de voo.
Um dos primeiros pilotos dos helicópteros Pelicano, o delegado divisionário da Divisão de Operações Especiais (DOE) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Roberto Bayerlein, afirma ter satisfação em fazer parte da equipe acostumada a atuar em situações de perigo.
“Fiz do meu trabalho como uma missão a ser cumprida. Criar, crescer e estabilizar o Serviço Aerotático na polícia. A gente sente o prazer de ajudar”, diz Bayerlein, que iniciou a carreira no SAT em 1984, quando o Governo comprou o primeiro helicóptero. Na época, ele era o mais jovem entre os quatro pilotos.
O trabalho da equipe exige inteligência e união diariamente. Além de prestar serviço às unidades policiais, o SAT atua em situações de catástrofes naturais, no reconhecimento de locais de cativeiros ou de plantações ilegais de entorpecentes, locais onde possa ocorrer crime ambiental, auxilia no transporte de órgãos, entre outros.
Em média, as equipes do SAT atendem 36 ocorrências por mês. Até hoje, nos quase 30 anos de existência, foram mais de 14 mil atendimentos.
Em média, as equipes do SAT atendem 36 ocorrências por mês. Até hoje, nos quase 30 anos de existência, foram mais de 14 mil atendimentos.
Segundo levantamento feito pela equipe, a maior parte destes atendimentos envolveram apoios a viaturas em casos de cercos, buscas ou perseguições, com 7.603 casos. Em outras 6.022 situações referem-se a ocorrências de roubos.
Houve também 712 casos de escoltas de presos, rebeliões ou fugas; 244 localizações de veículos; 213 resgates médicos ou transportes de órgãos e 202 missões envolvendo casos de sequestros.
Os quatro helicópteros Pelicanos que atualmente compõem o SAT têm capacidade máxima para seis profissionais. Mas, na rotina da equipe atuam apenas quatro -- dois pilotos e dois tripulantes -- para melhor execução de manobras.
Alçado ao nível de Divisão de Operações Especiais (DOE) em maio deste ano, o SAT passou uma reestruturação. O serviço continua vinculado ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
O delegado titular do SAT, Paulo Sergio Pilz e Campos Mello, explica que a mudança permitiu a maior integração do serviço. “O entrosamento entre policiais do Garra [Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos]e do SAT, tanto terrestre como aéreo, ficou mais forte do que antes.”
Requisitos para se tornar um piloto do SAT
Disciplina, tempo e persistência são as palavras chaves para se tornar um tripulante ou piloto do SAT. Os policiais passam por provas rigorosas, que vão dos exames teóricos, práticos, psicológicos aos físicos.
São seis anos no mínimo para conseguir alcançar o posto de piloto ou tripulante operacional. Para estar em ocorrências do dia a dia com o Pelicano são necessárias 100 horas de voo. O tão almejado cargo de comandante de uma aeronave requer no mínimo 500 horas de voo em atendimento.
Com 25 anos de histórias com o Pelicano, o delegado Fábio Coan Sampaio, de 50 anos, conta que o caso mais marcante entre os 30 anos em que está na Polícia Civil foi a missão de auxiliar moradores de Santa Catarina durante as enchentes de 2008.
Por causa das fortes chuvas no mês de novembro, cerca de 60 cidades foram afetadas. Houve deslizamentos de terra e várias cidades ficaram com os acessos por vias terrestres bloqueados.
Convocado para auxiliar nos resgates, o Pelicano chegou a lugares que ninguém podia chegar.
“Em trabalho conjunto com a Polícia Militar, nós fizemos uma operação humanitária, foram centenas de missões em 12 dias. Foi um trabalho que valeu a pena fazer. Nós da equipe do SAT transportamos medicamentos, comidas, removemos pessoas e animais em risco”, relembra Sampaio.
Vanessa Silva
fonte: www.ssp.sp.gov.br
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