A Academia de Polícia Civil realizou, na manhã de quinta-feira (15), a cerimônia de implantação do Sistema Virtual de Ensino de Tiro Policial “Dr. Paulo Pereira de Paula”. O nome é uma homenagem ao delegado de polícia e professor da Acadepol morto em agosto de 2012, vítima de latrocínio.
Na plateia, quase duzentas pessoas, entre policiais civis, amigos e familiares do delegado, acompanharam a justa homenagem póstuma.
Compuseram a mesa de honra o delegado geral, Luiz Mauricio Souza Blazeck; e os delegados Mário Leite de Barros Filho, diretor da Acadepol; Marco Antonio Pereira Novaes de Paula Santos, diretor do Denarc; Paulo Afonso Bicudo, diretor do Demacro, que representou o Conselho da Polícia Civil; Ciro de Araújo Martins Bonilha, divisionário da Assistência Policial da Acadepol; e Gaetano Vergine, que representou o corpo docente da Casa de Ensino.
Presentes ainda os delegados: Edson Minoru Nakamura, diretor do Dipol; Paulo Sumariva, que representou o diretor do Deinter 5 (São José do Rio Preto); e Rui Baracat Guimarães Pereira, divisionário do Decap, colega de profissão, amigo e primo do homenageado.
Familiares do homenageado, notadamente seu pai, o delegado de polícia aposentado Paulo Costa de Paula; sua mãe, Zanira Pereira de Paula; seus irmãos, o médico legista José Eduardo Pereira de Paula e o delegado federal José Eduardo Pereira de Paula, foram as presenças marcantes na cerimônia.
Saudações
A delegada de polícia e mestre de cerimônias Gislaine Santanieli fez a leitura de um breve resumo da trajetória policial de Paulo Pereira de Paula, com destaque para o início de sua carreira como escrivão de polícia em 1983 e a posterior aprovação no concurso para delegado de polícia em 1990, além de suas passagens pelo Demacro, Deinter 3 (Ribeirão Preto), Deic, Deinter 1 (São José dos Campos), Decap e Denarc. As atividades como professor da Acadepol se iniciaram em 2002, quando foi aprovado na disciplina “Investigação Policial”, o que lhe permitiu ser responsável pela formação de inúmeros alunos nos Núcleos de Ensino nos quais lecionou.
Em seguida, o delegado de polícia e primo do homenageado, Marco Antonio Pereira Novaes de Paula Santos, proferiu palavras de carinho, apreço, respeito e saudades.
Mário Leite, em seu discurso, de forma consternada, explicou que colocar o nome de um delegado com tantas qualidades em um sistema de ensino de vanguarda é uma forma eternizar sua memória e estimular as novas gerações de policiais civis. E, finalizou: “Policiais civis que tombam no exercício da função, são verdadeiros heróis da Polícia Judiciária paulista, porque oferecem sua própria vida para proporcionar segurança e proteger a população. Eles não morrem, pois sua imagem e seu espírito de luta permanecem vivos eternamente na memória e no coração de seus amigos, admiradores e familiares”.
Em sua fala, Mauricio Blazeck disse que o simulador virtual é um lampejo visionário, uma forma de se usar as mais modernas tecnologias para o aperfeiçoamento de técnicas já utilizadas por policiais como o delegado Paulo Pereira de Paula. Por fim, propôs uma reflexão: “Aprendamos com os grandes homens da nossa história e do nosso presente: a maior virtude que um homem pode ter é a coragem, assim como o maior dever dos amigos é a gratidão”.
Ao final da cerimônia, todos os presentes foram convidados a participar do descerramento da placa que deu o nome ao Sistema Virtual de Ensino de Tiro Policial, no andar superior da Academia de Polícia.
Simulador de tiro
O Sistema Virtual de Ensino de Tiro Policial tem por finalidade complementar o preparo do policial civil no tocante à disciplina de armamento e tiro. Com essa ferramenta, o policial é treinado para intervir em ocorrências por meio da criação de cenários cotidianos com visão periférica, verbalização e uso diferenciado da força.
O Sistema conta com duas realidades, uma de tela plana e a outra com visão 360 graus, ambas equipadas com pistolas e revólveres reais. Porém há substituição do cano real por outro com sistema a laser. O simulador reproduz imagens, sons e situações reais em alta definição e propicia ao policial uma interação muito próxima à realidade.
Fonte e fotos: Acadepol (com adaptações)
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