SEGURANÇA PÚBLICA COM CIDADANIA

O BLOG FOI CRIADO PARA DIVULGAR A ATUAÇÃO DAS FORÇAS DE SEGURANÇA PÚBLICA QUE 24 HORAS POR DIA, 7 DIAS POR SEMANA, DEFENDEM E PROTEGEM A SOCIEDADE E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. ALÉM DE INFORMAR SOBRE OUTROS TEMAS, REPORTAGENS, ARTIGOS E VÍDEOS LIGADOS A SEGURANÇA, OPERAÇÕES POLICIAIS, TÁTICAS E ARMAS DE FOGO.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Membro de facção escondia drogas do tráfico internacional em Ribeirão Preto/SP

Nenê do Simioni é citado em negociação entre brasileiro e paraguaio.
Escutas feitas pelo MPE com autorização da Justiça revelam esquema.
 

As investigações do Ministério Público Estadual (MPE) na megaoperação deflagrada contra uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas identificaram que o traficante de Ribeirão Preto (SP) Nenê do Simioni, além de negociar a compra de armas e drogas com fornecedores do Paraguai, gerenciava o armazenamento dos entorpecentes do tráfico internacional em imóveis do município.

O G1 teve acesso às escutas telefônicas obtidas pelo MPE e autorizadas pela Justiça. Uma gravação do dia 8 de junho de 2010 revela uma dessas negociações. O presidiário da penitenciária de Presidente Venceslau (SP), Samuel Augustino Roque dos Santos, conhecido como Tio Pec, conversa com o traficante paraguaio Carlos Antonio Caballero, o Capilo. Eles discutem como fazer para entregar uma encomenda de drogas a outro traficante - Grauber Compri, o Da Princesa. "O Bonitinho falou que pega a caminhada [droga] dele lá na mão do Nenê", diz Tio Pec ao paraguaio.
 
 
Os traficantes ainda negociam a quantidade de cocaína que será retirada em Ribeirão Preto. Tio Pec afirma que eles teriam dinheiro para 50 quilos do entorpecente. "Se ele tem dinheiro de 50 [kg], então fala que eu vou mandar entregar 100 [kg] para ele", afirma Capilo. Os dois combinam então a remoção da droga no município, e o paraguaio diz que a quantidade já está disponível em Ribeirão. "Ele retira lá no Nenê, pois [a droga] já está lá no Nenê. Fala para ele que o preço dele é 6,8 mil [por 100 quilos de cocaína]", explica.

ARTE PCC 300 (curta) - 15/10 (Foto: Editoria de Arte / G1)
 
Tio Pec e Capilo fecham negócio, e o brasileiro avisa que quem irá buscar as drogas é um irmão de Da Princesa. Capilo então pede para que Tio Pec passe as coordenadas para o irmão do comprador. "Diz que a encomenda do irmão dele já está lá [em Ribeirão]. Mandou falar que ele paga 50 [quilos] adiantado e ele te entrega 100 [quilos]. Passa para frente então, já era", afirma.

Negociações

 Além de armazenar drogas do tráfico internacional em Ribeirão Preto, o traficante Almir Rodrigues Ferreira, mais conhecido como Nenê do Simioni, é apontado como um dos principais elos de negociação com fornecedores de armas e drogas do Paraguai. Nenê liderava, direto da penitenciária de Presidente Venceslau, transações para compra de entorpecentes provenientes do Paraguai e da Bolívia. Segundo denúncia do MP, a droga negociada pelo traficante era distribuída por todo o Estado de São Paulo.

De acordo com a apuração do MP, as negociações de Nenê não ficavam somente com os fornecedores do Paraguai. No dia 16 de abril de 2011, o traficante recebeu uma ligação de Gralber Compri, o Da Princesa - integrante da facção que estava na rua - falando que havia enviado uma carta para Nenê com uma proposta de compra de uma aeronave.

Prisão

 Nenê foi preso em 2007 na favela do Simioni após uma apreensão da Polícia Federal, em Pradópolis (SP), de um arsenal de armas trazido por um avião de contrabandistas. O carregamento tinha fuzis, metralhadoras, granadas e até um lançador de foguete usado pelo Exército de Israel. O armamento seria distribuído para ladrões de bancos e traficantes.

Desde então, Nenê está preso na penitenciária de segurança máxima de Presidente Venceslau (SP). Ele foi condenado a 30 anos de prisão por tráfico internacional.

FONTE: G1.GLOBO.COM

Nenhum comentário:

Postar um comentário