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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Áudio da entrevista com o Delegado responsável pela - DIVISAO ESPECIALIZADA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS - DEOESP - PC/MG

                                                               Divulgação Pedro Henrique

Durante a entrevista, o delegado também falou sobre a área de atuação do Deoesp




O delegado responsável pela Divisão Especial de Operações Especiais (Deoesp), Wanderson Gomes da Silva, participou, nesta terça-feira (24), do Programa Minas no Ar com a Polícia Civil, na Rádio Inconfidência. Wanderson ingressou na instituição em 1984, no cargo de detetive (atualmente denominado como investigador) e, após 11 anos, passou em um novo concurso e se tornou delegado. Desde janeiro deste ano, assumiu como delegado responsável pela Deoesp, unidade onde já atuou como detetive. Wanderson Gomes já trabalhou em vários casos de sequestro, principalmente na década de 90, quando, segundo ele, este tipo de crime era mais comum. “Atuei em casos que foram amplamente divulgados pela mídia, como o da menina Mirian Brandão, sequestrada e morta no final de 1992”, informou.

Na década de 90, o delito de extorsão mediante sequestro ficou bastante emblemático, com grande incidência em Minas e nos demais estados federação. A vítima era seqüestrada e levada para o cativeiro. Logo após, os criminosos exigiam da família valores elevados. “Minas Gerais virou referência na repressão qualificada a esse tipo de delito, naquela época, já que praticamente todos os casos foram resolvidos sem pagamento de resgate”, ressaltou o delegado.

Ainda segundo Wanderson, atualmente os criminosos têm usado o golpe do falso sequestro, assustando e retirando dinheiro de vários cidadãos. Na maioria dos casos, os bandidos ligam para a vítima e falam que sequestraram um parente, colocando uma voz gritando e pedindo socorro ao fundo. “A pessoa é orientada a jogar fora os comprovantes de depósito. Os bandidos, por sua vez, possuem um esquema já armado para a efetuarem os saques rapidamente. O ponto em comum entre o falso sequestro e o verdadeiro, no entanto, é a fragilização do sentimento. A principal orientação é que a pessoa não tome nenhuma atitude, sem antes informar a polícia”, reforça Wanderson.

As informações usadas pelos golpistas normalmente são fornecidas pelas próprias vítimas. Os bandidos pegam as informações que precisam, ligando para elas em datas anteriores ao golpe. Na maioria dos casos o falso sequestro não chega ao conhecimento das polícias Civil e Militar, já que as técnicas de estresse utilizadas levam a pessoa a não entrar em contato com ninguém. Já nas situações padrões de sequestro, os criminosos não costumam fazer ligações de longa duração. “Só o fato de tentar manter uma ligação mais duradoura representa um forte indício de falso sequestro. Peço sempre que as pessoas que tenham sido vítimas se pautem pelo princípio da racionalidade. Sequestro não se resolve com apenas um telefonema”, alerta.

Outra modalidade é o sequestro relâmpago, que se trata do roubo com a retenção da vítima. É muito comum a abordagem acontecer no período da noite e, muitas vezes, próximo a agencias bancárias. Eles utilizam a violência para obrigar a vítima a fornecer dados que permitam a realização de saques das contas bancárias.

O delegado também falou sobre a área de atuação do Deoesp, que tem como atribuição a repressão qualificada ao crime organizado. Ele apontou projetos que estão sendo desenvolvidos para a melhoria dos resultados da atuação da Divisão.

Entenda o caso

 1992 - Sequestro e morte da garotinha Mirian Brandão
Míriam Brandão tinha 5 anos, no final de 1992, quando foi sequestrada em sua casa por dois irmãos. A casa foi invadida no período natalino, tendo os sequestradores amarrado a empregada e levado a menina. Eles exigiram 150 mil dólares como resgate. Um dos bandidos namorava uma funcionária do pai da garotinha. A menina foi queimada e teve seu corpo reduzido a cinzas. Na época, os três envolvidos foram indiciados e presos, sendo, posteriormente, condenados pela Justiça.

O programa Minas no ar com a Polícia Civil tem como objetivo mostrar à comunidade mineira o trabalho da Polícia Civil de Minas. Ele é transmitido pela Rádio Inconfidência todas as terças-feiras, a partir das 10h, com duração entre 15 e 20 minutos.

A emissora pode  ser sintonizada na frequência AM 880 ou em Ondas Curtas (OC) 6010, em todo o território mineiro e grande parte do território brasileiro. Também pode ser ouvido em qualquer lugar do mundo, pela Internet, pelo site www.inconfidencia.com.br.

Para ouvir a entrevista, clique
aqui.

Um comentário:

  1. Meu pai trabalhou nesse caso. Ele ficou doente e acabou por se torna um inválido depois de ter visto tanta violência a cabeça dele piorou não aguentou e ele falava para nós filhas,eu nunca vou esquecer a cena da mãe dessa garotinha (Miriam) ele foi adoecendo e acabou por se aposentar e vou se definhando dentro de casa até a morte.cheguri por diversas vezes ver ele chorando por causa desse sequestro dessa anjinha. Foi o fim da carreira dele na PMMG naepoca

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