Artefato encontrado é de uso exclusivo das Forças Armadas.
Proprietário do estabelecimento afirmou não saber do que se tratava.
Bope é acionado para retirar morteiro encontrado em empresa de reciclagem no Poço
(Foto: Carolina Sanches/G1)
(Foto: Carolina Sanches/G1)
Uma ação conjunta para identificar focos da dengue e punir os responsáveis pela irregularidade encontrou, na manhã desta terça-feira (3), um morteiro de 60 mm na empresa Nacional Reciclagem, que fica no bairro do Poço, em Maceió.
O proprietário do estabelecimento, Manuel Vieira de Lima, 63, disse que o morteiro foi levado à empresa como sucata e ele não sabia do que se tratava. "Faz uns seis meses que guardo essa maleta aqui por que achei interessante", disse.
O Batalhão de Operações da Polícia Militar (Bope) foi acionado para recolher o artefato, já que poderia haver risco de explosão. De acordo com o major Pedro Jorge Moura, sub comandante do Bope, não há como precisar a gravidade do artefato encontrado. "Esse material é de uso exclusivo das Forças Armadas e, geralmente, é usado contra carros blindados. Ele deveria estar em um paiol com todas as condições de segurança", falou.
Proprietário da empresa diz que não sabia quetinha um morteiro. (Foto: Carolina Sanches/ G1)
O major explicou que será elaborado um relatório para ser encaminhado às autoridades competentes. "Posteriormente, o material será destruído", disse o militar, ao informar que o proprietári do local não deverá ser responsabilizado criminalmente porque desconhecia a gravidade do artefacto.
Na empresa autuada nesta manhã, a fiscalização encontrou, além do morteiro, vários focos da dengue, dezenas de mosquito Culex (transmissor da filariose), chorume por conta do material prensado de forma incorreta, além de um "gato", para furtar água da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
A Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) acontece em parceria com a Superintendência de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma), da Secretaria de Estado da Saúde (SESAU), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e do Batalhão da Polícia Ambiental de Alagoas.
Batida flagra crime ambiental em empresa no bairro do Poço (Foto: Carolina Sanches/G1)
De acordo com o coordenador de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Celso Tavares, o local da fiscalização não possui licensa ambiental, os funcionários não trabalham com equipamentos de proteção e também não têm os direitos trabalhistas. "Além de oferecer um risco aos funcionários, o local também ameaça a comunidade e os alunos de duas escolas que ficam no entorno", falou.
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