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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Polícia Civil de MT e TO desarticulam quadrilha que roubou bancos em Vila Rica e apreendem 50 mil - atualizado

A Polícia Civil dos Estados de Mato Grosso e Tocantins desarticularam a quadrilha do “Novo Cangaço”, que roubou três agências bancárias e os Correios, no dia 9 de setembro, no município de Vila Rica (1.259 km a Nordeste). Dez mandados de prisão preventiva e 11 buscas e apreensão foram decretados pela Justiça de Mato Grosso. 
 
Sete homens foram presos nesta sexta-feira (27.09), no estado do Tocantins na operação desencadeada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, em conjunto com a Delegacia Especializada Investigações Criminais Complexas (Deic), da Polícia Civil do Tocantins e a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil do Pará,  que mobilizou 35 policiais.
 
Durante ação, as polícias dos estados apreenderam R$ 50 mil do dinheiro roubado em Vila Rica, 16 veículos, sendo dois caminhões e cinco motocicletas, além de duas pistolas ponto 40, dois revólveres e carregador com munição de fuzil 7,62. Entre os automóveis estão um Toyota Corolla, zero km, comprado na quinta-feira (26.09), com dinheiro do assalto, um Honda Civic, um Golf, um Siena, uma EcoSport, um Celta e outras modelos populares.
 
Os presos Francisco Evanaldo Gomes,  Regis Wagnes Alves de Lima, Ivanildo Pereira Cavalcante, Wenias Wagner Rodrigues e Antonio Aparecido de Oliveira Ferreira, tiveram mandados de prisão cumpridos, sendo quatro em Palmas e um em Paraíso do Tocantins. As ordens de prisão foram decretadas pela comarca de Vila Rica, em Mato Grosso.
 
Outros dois suspeitos, Diego Rones Bezerra e Sanael Silva, foram presos em flagrante por
porte de arma de fogo de uso proibido e posse de munição e carregador de uso restrito e será apurada a participação deles com a quadrilha. O preso  Regis Wagnes Alves de Lima, além do mandado cumprido, foi autuado em flagrante por uso de documento falso. Ele se apresentou aos policiais com o nome Edson Soares da Silva, a qual usa desde o ano de 2012. Na casa dele a delegada do GCCO,  Cleibe Aparecida de Paula, que acompanhou a operação em Palmas, apreendeu cédula de identidade, habilitação e até cartão de conta bancária, todos no nome falso.
 
O delegado titular do GCCO, Flávio Henrique Stringueta, disse que foi montada uma força-tarefa envolvendo os três estados com objetivo de apreender armas de grosso calibre, dinheiro e prender pessoas da quadrilha que por 50 minutos aterrorizou a cidade com a ação criminosa, usando vários cidadãos como escudos humanos durante o tiroteio na frente às agencias bancárias e depois foram feitos reféns na fuga.
 
“Acreditamos que o grupo se dividiu para não perder todo o dinheiro, uma parte ainda pode estar refugiada na mata e outra parte conseguiu chegar até o Tocantins”, ressaltou o delegado Flávio Stringueta.
 
O delegado explicou que as buscas ao grupo criminoso, estimado em pelo menos 15 integrantes, foram imediatas e contatos com os estados do Pará, Tocantins, Maranhão e Goiás ajudaram na rápida identificação das pessoas que atuam no apoio ao bando e requisição de medidas judiciais, como as prisões e buscas concedidas pela Justiça da comarca de Vila Rica.
 
“Houve um intenso trabalho das Polícias Civis do Pará, Maranhão e Tocantins, através suas inteligências e divisões de roubos a bancos, até mesmo com equipes no local da ação criminosa para auxiliar nas investigações. Tudo isso visando interesses comuns”, destacou o delegado Flávio Stringueta.  
 
A delegada Liliane Albuquerque Amorim, da Delegacia Especializada Investigações Criminais Complexas (Deic), do Tocantins, informou que há dois meses a Deic monitorava a quadrilha, cujos membros são oriundos do Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Mato Grosso, Alagoas e Tocantins. “Uma das bases deles era aqui [Palmas], mas não identificamos roubos dessa quadrilha no Estado. Eles costumavam fazer assaltos fora do Tocantins”, pontua.
 
A delegada acredita que o dinheiro apreendido com os assaltantes seja oriundo do roubo de Vila Rica. “São notas sequenciais de caixas eletrônicos”, disse.
 
Liberados
 
A Polícia Civil descartou o envolvimento de Francisco Anterio Filho, 60, e Bruno da Silva Aguiar (sem idade) com a quadrilha que assaltou as agências em Vila Rica. O primeiro foi preso na última sexta-feira (20.09), na cidade de Conceição do Araguaia, no Sul do Pará e o segundo preso no dia 16 de setembro, em Vila Rica. Os dois foram liberados na noite do último sábado (21).
 
De acordo com as investigações, havia fortes indícios da participação deles no apoio ao resgate da quadrilha. No entanto, depois de suas prisões ficou confirmado que não havia vínculo com o grupo investigado. “A prisão era para investigação, para que pudéssemos confirmar se havia ou não envolvimento deles”, disse o delegado Flávio Stringueta.
 
Confronto
 
No dia 16 de setembro, dois dos criminosos foram mortos em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar. O confronto ocorreu em uma região de mata, na divisa de Mato Grosso com o estado Pará, localidade onde também foi preso Bruno da Silva Aguiar, oriundo do Pará, autuado em flagrante nos crimes de roubo qualificado com uso de arma de fogo de uso restrito, concurso de pessoas e organização criminosa.
 
Os dois criminosos mortos estavam com identidades falsas em nome Antônio de Oliveira, 47 anos e Cássio Almeida de Souza, 28 anos.  A Polícia Civil confirmou que Antônio de Oliveira é na verdade Antônio Moura, conhecido por “Nego Véi”, líder de quadrilha de roubos a bancos que atuou nos estados do Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, também considerado um dos criadores da modalidade “Novo Cangaço”, que começou na década de 90, no Nordeste brasileiro.
 
O segundo assaltante morte, usava identidade em nome de Cássio Almeida de Souza, mas trata-se de Rafael Carvalho Gonçalves, 30, oriundo do estado do Tocantins.
 
Um fuzil AK 47, calibre 7,62mm e uma pistola ponto 40, cinco carregadores e munições foram apreendidas com os assaltantes mortos. Com eles também foram recuperados R$ 15,6 mil, em dinheiro. 
 
fonte: pjc.mt.gov.br

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