São cumpridos 55 mandados de busca e apreensão e 27 de prisão.
Ação é realizada em quatro cidades do Rio Grande do Sul.
Polícia realiza operação contra roubo de veículos no RS (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul realiza na manhã desta quinta-feira (4) uma operação contra o furto e roubo de veículos. São cumpridos 55 mandados de busca e apreensão e 27 de prisão nas cidades de Canoas, Cachoeirinha, Porto Alegre e São Leopoldo. Até as 8h45, 15 pessoas haviam sido presas. Outros 10 já estavam detidos e responderão por novos crimes, totalizando 25 presos na ação.
Participam da operação 280 homens. Segundo os policiais, os criminosos descobriam dados pessoais dos motoristas e exigiam dinheiro para devolver os bens. A Delegacia de Furtos e Roubo de Veículos de Canoas apurou que os suspeitos agiam em diferentes núcleos. Seriam pelo menos seis divisões, em que os suspeitos atuavam desde o roubo até a compra e venda de carros e motocicletas, além da clonagem de veículos.
Participam de operação policial mais de 280 homens (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
Os primeiros eram os “puxadores”, que roubavam os carros. Eram recrutados jovens e adolescentes, vários sem antecedentes criminais. Além de retirar objetos de valor da pessoa roubada, o grupo conseguia dados pessoais do motorista e entrava em contato para ameaçar e pedir dinheiro para devolver os bens. Conforme a polícia, eles também realizavam a venda dos veículos. O valor da comercialização varia de R$ 500 e R$ 2 mil para desmanches e, quando clonados, podem custar entre R$ 3mil e R$ 10 mil.
Os puxadores também tinham a função de arrecadar dinheiro para apoiar criminosos que estão cumprindo pena em presídios, mandando dinheiro e aparelhos celulares para dentro das penitenciárias. Os detentos, presos na Operação Cova Rosa, desarticulada em 2009, apoiavam os puxadores com o empréstimo de armas de fogo.
Em seguida, participavam os receptadores, que são os criminosos responsáveis por comprar os carros e motocicletas roubados e alimentar o mercado ilegal. Também havia leiloeiros (que adquirem veículos em leilões e, para restaurá-los, buscam peças dos roubados), estelionatários (realizam a compra os veículos roubados e clonados e depois anunciam em jornais de grande circulação por preços abaixo do mercado), atravessadores (criminosos que adquirem os veículos clonados para trocar por drogas no Paraguai ou servirem como carcaça para ocultarem carregamentos de drogas ou cigarros) e criminalidade organizada (são utilizados os veículos roubados e clonados para cometer crimes como homicídios e assaltos a banco).
No último caso, a polícia apurou que um Ford Focus roubado em Canoas que foi utilizado na tentativa do roubo do supermercado Zaffari, no bairro Bom Fim, em Porto Alegre, em setembro.
As investigações iniciaram em agosto de 2013, quando houve uma prisão em flagrante por roubo de veículo. Os suspeitos passaram a extorquir um homem e exigir dinheiro. Na ocasião, um dos detidos era Rudimar de Moraes, conhecido como “Chico Prea”. Ele é apontado como um dos chefes do tráfico no bairro Mathias Velho, em Canoas. Ele foi morto em setembro deste ano e a polícia acredita em queima de arquivo.
fonte: g1.globo.com
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