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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Fortuna achada na Mangueira era de traficante preso desde 2008, diz PF

Dinheiro achado, que ainda será contado, é estimado em R$ 3,5 milhões.
PF vai solicitar que Governo do Estado peça transferência de Rabicó.


Marcelo ElizardoDo G1 Rio



A fortuna apreendida nesta quarta-feira (23), dentro de tonéis em uma mata na favela da Mangueira, na Zona Norte do Rio, pertencia ao traficante Antônio Hilário Ferreira, o Rabicó. Segundo a Polícia Federal, o criminoso continuava a comandar o tráfico do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, de dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste, onde está preso desde 2008.

A Polícia Federal informou que vai tentar convencer o Governo do estado a pedir a transferência de Rabicó para um presídio federal.

A operação aprendeu cerca de R$ 3 milhões em dinheiro na Mangueira e outros R$ 500 mil no Salgueiro, além de 51 quilos de cocaína e armas. Até as 17h20, o dinheiro não havia sido todo contabilizado. Quatro pessoas foram presas, entre elas o tesoureiro da quadrilha, Jorge Luís Reis.

Casa de luxo

O tesoureiro foi preso em uma casa de luxo, onde morava na Mangueira. Com ele foram apreendidos quatro fuzis. Ele não resistiu à prisão e alegou que Rabicó o obrigou a guardar os R$ 3 milhões, achados na mata, dentro de tonéis. A PF não informou como chegou até o esconderijo do dinheiro.

O tesoureiro era responsável por fazer toda a movimentação financeira do líder da facção. Jorge Luís Reis, que responderá por lavagem de dinheiro e porte ilegal de armas, investia o dinheiro do tráfico em imóveis, como uma casa em Santa Catarina e outra em Itaipuaçu, na Região dos Lagos, registrado em nome de laranjas. A Polícia Federal vai apurar o restante do patrimônio de Rabicó.

Os outros três presos foram capturados no Salgueiro. Os agentes encontraram a cocaína na residência de um casal. Shirley Rodrigues Oliveira e Isaias Almeida de Oliveira vão responder por tráfico de drogas. Os R$ 500 mil em dinheiro foram encontrados com o engenheiro ambiental Luis Henrique Ventura Ferreira, funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviço para a Petrobras. Ele responderá por lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal ainda investiga outros possíveis participantes da quadrilha. Foram identificados sete integrantes da facção, entre eles os quatro presos nesta quarta. A Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil também participou da operação.

Fonte: G1 RIO

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