Após seis meses de investigações, a Polícia Civil prendeu na noite de segunda-feira (29) o articulador de uma quadrilha suspeita de pelo menos sete roubos e sequestros de familiares e funcionários de empresas de transporte de valores. Um segundo integrante do bando, que atuava em Campinas e região, foi detido na manhã de hoje (30).
A.M.S.S., de 38 anos, apontado pela polícia como o “mentor” da quadrilha, foi detido por volta das 20 horas de ontem num condomínio do bairro Monte Mor. Os policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas descobriram, ainda, que ele era dono de várias casas no local.
Em um dos imóveis do condomínio, os policiais encontraram um fuzil calibre 7.62 mm, aproximadamente 2.555 cartuchos de vários calibres, coletes a prova de balas, além de roupas e uniformes. Em outra residência do acusado, também no condomínio, os policiais acharam uma caminhonete Hilux branca.
Também foram apreendidos duas malas, quatro mochilas, quatro pochetes, uma carteira de identificação com a inscrição “agente de escolta”, uma solda elétrica, seis luvas, quatro coldres em couro, um malote, um chip, 12 carregadores para fuzil e outros três para pistola, uma capa e dez porta-carregadores para arma.
A equipe da DIG achou, ainda, alguns equipamentos geralmente usados por assaltantes de carga, como um detector de sinal, dois bloqueadores de sinal de rastreador e 10 rastreadores de veículo, além de três suspensórios militares, cinco carregadores de celular, dois celulares, três bonés, dois cinturões, duas toucas, uma peruca e um relógio.
A.M.S.S. foi levado para a carceragem do 2º Distrito Policial de Campinas, onde permanece à disposição da Justiça. Contra ele já havia um mandado de prisão temporária de 30 dias, fruto de um inquérito. A Polícia Civil já representou por sua preventiva.
O outro capturado
O outro integrante do bando, o perueiro C.R.S. de 39 anos, foi capturado por policias militares do 48º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I), na manha desta terça-feira (30), em sua casa, em Sumaré – a 121 quilômetros da Capital.
Contra ele também já havia um mandado de prisão temporária. Após a prisão, policias civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana, que já investigavam a ação da quadrilha, foram até o local.
Em seguida, o acusado foi encaminhado à Cadeia Pública de Limeira, onde permanece à disposição da Justiça.
Como a quadrilha agia
Durante seis meses de investigações, os policiais descobriram que os suspeitos sequestravam a família e funcionários de empresas de transporte de valores. Todos eram levados para um cativeiro, depois os criminosos soltavam os funcionários e os obrigava a dar quantias transportadas em carro-forte.
Somente após a entrega, as outras vítimas eram libertadas. Segundo o delegado titular da DIG de Campinas, Carlos Henrique Fernandes, a quadrilha agia nas regiões de Campinas, Americana, Sumaré e Hortolândia.
Ainda de acordo com Fernandes, o bando cometeu pelo menos sete roubos e extorsões mediante sequestro. A Polícia Civil prossegue com as investigações.
Leonardo Amorim
fonte: www.ssp.sp.gov.br
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