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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Polícia mata suspeito de ataques em Copenhague na Dinamarca

Autoridades acreditam que homem causou duas mortes no sábado.
Duas pessoas morreram em tiroteios em centro cultural e sinagoga.

Investigadores trabalham em local de tiroteio na Dinamarca onde um suspeito foi morto neste domingo (15) (Foto: Hannibal Hanschke/Reuters)

A polícia dinamarquesa matou a tiros um homem suspeito de ser o autor de dois ataques na capitalCopenhague no sábado (14). Ele foi morto na estação de Norrebro, em Copenhagen, neste domingo (15) perto dos locais onde foram registrados horas antes os dois tiroteios que deixaram dois mortos e cinco feridos. Segundo a polícia, o homem atirou contra os policiais e foi morto.

Tiros atingiram vidros perto do local onde o evento era realizado, em Copenhague (Foto: Reuters)

A polícia acredita que o homem morto, um dinamarquês de 22 anos, foi o único autor dos ataques do sábado (14), pois ele aparece em imagens de câmeras de segurança. Segundo as autoridades, ele pode ter sido inspirado pelo ataque contra o jornal "Charlie Hebdo" na França.

Não há indicações de que o suspeito, que já era conhecido dos serviços de inteligência por envolvimento com atividades de gangue, posse de armas e episódios de violência, estava agindo em conjunto com outras pessoas.

Apesar disso, durante a tarde deste domingo (15), a polícia realizava uma vasta operação em um cibercafé nos arredores do local onde o suspeito foi morto, e ao menos quatro pessoas foram presas, segundo o jornal "Ekstra Bladet".

Policiais vigiam área ao redor de edifício em Copenhague depois de ataque que deixou um morto (Foto: Martin Sylvest/Scanpix Denmark/AFP)

Imagem da TV dinamarquesa mostra local perto de sinagoga onde uma pessoa morreu após tiroteio (Foto: AP)

A localização do suposto terrorista se deu graças às informações de um motorista de táxi que o achou parecido com a foto divulgada pelas autoridades.

Ataque a evento 

Neste sábado, um homem foi morto e três policiais ficaram feridos em um tiroteio em um local onde ocorria debate sobre islamismo e liberdade de expressão em Copenhague, com a presença do artista sueco Lars Vilks, que provocou polêmica em 2007 ao publicar desenhos retratando o profeta Maomé como um cão.

O homem morto era o cineasta dinamarquês Finn Nørgaard, de 55 anos, segundo informou neste domingo (15) a televisão pública "DR". A identidade da vítima ainda não foi confirmada de maneira oficial pelas autoridades do país, apenas pela imprensa dinamarquesa.

Norgaard, que também era produtor e fotógrafo, fez diversos documentários sobre temas como música, a vida dos presos em uma penitenciária da Dinamarca e um grupo de jovens imigrantes no país.

Ataque a sinagoga

Mais tarde, depois do evento em que Nørgaard foi morto, um homem atirou em uma sinagoga no centro de Copenhague. Uma pessoa foi atingida na cabeça e morreu. Outros dois policiais ficaram feridos. O suspeito fugiu do local à pé.

A Sociedade Judaica da Dinamarca confirmou a identidade do morto: Dan Uzan, membro da comunidade judaica, de 37 anos, que fazia vigia do lado de fora do local.
Foto divulgada pela polícia de Copenhague mostra o suspeito de ter atirado em evento sobre liberdade de expressão e islamismo; um homem morreu e três policiais ficaram feridos
 (Foto: AP Photo/Copenhagen Police)


A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, se referiu ao primeiro ataque como um "ato terrorista" e afirmou que o país estava em alerta máximo. Posteriormente, ela afirmou que as autoridades do país ainda desconhecem as razões que levaram aos ataques.

"Não conhecemos o motivo dos atos do suposto autor, mas sabemos que há forças que desejam o mal a países como a Dinamarca. Querem subjugar nossa liberdade de expressão", disse Thorning-Schmidt, que negou que se tratasse de uma guerra entre Islã e Ocidente.
A primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, deixa flores neste domingo (15) em frente a sinagoga que foi alvo de ataque no sábado (14) em Copenhague (Foto: Fabian Bimmer/Reuters)

Ataque em Paris

Em 7 de janeiro, um ataque feito por militantes islâmicos à sede do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, deixou 12 mortos. O jornal vinha sendo ameaçado desde que publicou charges do profeta Maomé em 2006. Uma série de ações relacionadas ao ataque levou, ao todo, a 20 mortes: além dos mortos na redação da Charlie Hebdo, um policial, quatro reféns em um mercado judaico de Paris e três terroristas também morreram.

fonte: g1.globo.com

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