O objetivo foi desarticular uma organização criminosa especializada em explosões de caixas eletrônicos no Paraná.
PF prende 16 pessoas ligadas a explosões de caixas eletrônicos no Paraná; PRF deu apoio à operação
PRF Paraná, com informações da PF
A Polícia Federal (PF) promoveu nesta sexta-feira (25) a Operação Dunamis, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em explosões de caixas eletrônicos no Paraná. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) participou da operação.
Os policiais cumpriram 16 de 17 mandados de prisão preventiva, além de 30 mandados de busca e apreensão e outros sete mandados de condução coercitiva.
A operação mobilizou 140 policiais federais e 26 policiais rodoviários federais. Dois helicópteros da PRF deram apoio à operação, que teve a participação ainda de cães farejadores da PRF e do Grupo de Bombas e Explosivos da PF.
Ao menos oito carros foram apreendidos, além de centenas de metros de cordel detonante, item utilizado nas explosões. Também foi colhido material genético de cada um dos presos, para a realização de exames comparativos com as provas colhidas nos locais dos crimes.
Dos presos, onze são homens e cinco, mulheres. Todos os presos do sexo masculino já tinham passagens anteriores pela polícia. No caso das mulheres, duas já tinham ficha criminal. O único foragido usava tornozeleira eletrônica, mas inutilizou o dispositivo para escapar da prisão.
Entre os presos está o gerente de uma agência do Bradesco na cidade de Piên, localizada na região metropolitana de Curitiba. Conforme as investigações da PF, o gerente do banco repassou informações sobre os valores que estavam em dois cofres, abriu as portas dos compartimentos para os criminosos e ainda inutilizou o sistema de alarme. A agência foi alvo de uma explosão no último mês de julho.
A quadrilha promoveu pelo menos sete explosões de caixas eletrônicos entre outubro de 2014 e julho deste ano, nas cidades de Curitiba, Londrina, Matinhos e Piên. Há suspeita de que seus integrantes tenham participado de 15 outros crimes, todos eles no Paraná.
Sediado em São José dos Pinhais, mais especificamente no bairro Borda do Campo, na região de Curitiba, o grupo liderou ataques a caixas instalados em agências bancárias, hospitais, supermercados e em uma universidade. Entre os bancos que foram alvo da quadrilha estão Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander, Bradesco e Itaú.
Além de São José dos Pinhais, a operação também cumpriu mandados judiciais nos municípios paranaenses de Tijucas do Sul, Guaratuba, Piraquara e Pinhais.
O grupo roubou pelo menos R$ 2 milhões em sete ocorrências diferentes. Caso as demais suspeitas se confirmem, esse montante pode ultrapassar a marca de R$ 5 milhões.
Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa armada, roubo qualificado, furto qualificado, receptação e lavagem de dinheiro.
"Esta é mais uma investigação bem sucedida da Polícia Federal. E mais uma demonstração de que existe um alinhamento, uma parceria entre PF e PRF que tem dado excelentes resultados", disse o superintendente da PRF no Paraná, Gilson Luiz Cortiano, durante entrevista coletiva na sede estadual da PF.
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