Quinze pessoas foram detidas nesta quinta; nove já haviam sido presas.
Grupo de 24 pessoas era investigado desde fevereiro e atuava no estado.
Do G1 Campinas e Região
A quadrilha que atuava no estado de São Paulo com crimes envolvendo roubo de carga gerou prejuízo de R$ 6 milhões, de acordo com a Polícia Federal de Campinas (SP). Quinze pessoas do grupo foram presas nesta quinta-feira (21) durante a "Operação Jammer", que investiga a quadrilha desde fevereiro. Outros nove integrantes já haviam sido presos.
Além de 80 policiais federais, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e 200 policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Baep) participaram da ação. O valor foi "faturado" pela quadrilha durante o período de investigação, segundo os órgãos.
Presos em operação serão encaminhados para a PF em Campinas (Foto: André Natale / EPTV)
Dois dos envolvidos no esquema foram presos em Campinas. Os demais estavam nas cidades de Várzea Paulista (SP), Jundiaí (SP), Porto Ferreira (SP) e Jarinu (SP). Um dos integrantes do grupo trabalhou por 30 anos no Detran e era responsável por fornecer placas falsas para os caminhões que eram roubados, segundo a PF. os materiais foram apreendidos em uma casa em Jundiaí.
"Uma operação conjunta que resultou na desarticulação de uma organização criminosa especializada em roubo de cargas, que praticava inúmeros crimes em série, crimes continuados, roubando, mediante emprego de arma de fogo e violência, mercadorias e objetos da indústria alimentícia", afirma o delegado da PF Sebastião Augusto de Camargo Pujol.
De acordo com o delegado Jessé Coelho de Almeida, responsável pela comunicação social da PF de Campinas, a quadrilha era responsável por roubos nas rodovias que cruzam as cidades de Campinas, Jundiaí, São Carlos (SP), Rio Claro (SP), Atibaia (SP), Louveira(SP), São Roque (SP) e Boituva (SP). Algumas cargas eram de transporte interestadual. Os alvos principais seriam carregamentos alimentos, como carne, café e chocolates.
O nome da operação se refere ao bloqueador de sinal dos rastreadores, equipamento que era usado pelos criminosos, segundo a PF.
"Todos os 24 fazem parte de uma mesma quadrilha, como se fosse uma empresa. Além dos que roubavam e recebiam a carga, tem pessoas que cuidavam da carga, outros que comercializavam os produtos e mantinham empresas de fachada, empregados de transportadoras e motoristas de caminhão", conta o delegado.
Mapa da PF mostra área de atuação da quadrilha presa na operação (Foto: Divulgação / Polícia Federal)
Prisões
Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão referentes a uma única quadrilha desde fevereiro. Segundo Almeida, podem aparecer outros membros a partir dos que foram presos e do que foi apreendido nesta quinta.
Prensa e materiais usados para fazer placas foram apreendidos na operação (Foto: Inês Salles / EPTV)
Espingarda de fabricação caseira e pistola foram apreendidas em Jarinu (Foto: Inês Salles / EPTV)
"A operação foi bem rápida. Nós conseguimos desmontar essa organização, a gerência desse grupo com certeza está entre os preso. As investigações vão continuar para fortalecer as provas que já existem e eventualmente identificar outros envolvidos", explica.
As prisões desta quinta começaram durante a madrugada e todos os detidos foram encaminhados para a sede da Polícia Federal em Campinas, passaram pelo IML e voltaram à sede para prestar depoimentos. Em seguida, serão levados para a cadeia anexa ao 2º DP da cidade.
De acordo com a PF, com eles foram localizados dois veículos, armas, pelo menos R$ 100 mil em cheques com um dos suspeitos e uma pequena fábrica de placas usada para adulterar caminhões. Os materiais usados pelos criminosos para fazer as falsificações foram apreendidos.
Desde fevereiro foram 10 ocorrências envolvendo roubos de cargas. Cinco delas foram flagrantes, que correspondem aos nove suspeitos presos anteriormente. Desde então, eles estavam com prisão preventiva decretada e nesta quinta, como resultado da operação que identificou a ação criminosa, também estão sendo presos por formação de quadrilha, segundo Almeida.
fonte: G1 Campinas
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