Companhia da PM que não entrou em greve também oferece suporte.
Viaturas do Exército foram vistas pela Avenida Agamenon Magalhães.
Viaturas do Core, da Polícia Civil, entram em ação para patrulhar cidade (Foto: Vitor Tavares/G1)
A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, junto com a Companhia Independente de Operações e Sobrevivência na Área de Caatinga (Ciosac), da Polícia Militar, vão dar suporte à segurança pública no Grande Recife no segundo dia de greve dos PMs. Por volta das 8h, viaturas do Core estavam estacionadas por trás da sede da Policia Civil, na Rua da União, Centro do Recife, de onde devem partir para diversas áreas da cidade. Por volta das 8h, os policiais estavam chegando para serem orientados sobre o esquema de segurança. Viaturas do Exército já foram vistas circulando na Avenida Agamenon Magalhães e em Olinda, no Grande Recife.
De acordo com Fernando Almeida, chefe da unidade de planejamento do Core, serão 110 policiais atuando nos principais corredores bancários e de transporte público na Região Metropolitana (RMR). A equipe da Ciosac vai orientar, inicialmente, as equipes da Força Nacional de Segurança Pública nas ruas do Recife e RMR. A Ciosac é ligada à Polícia Militar, mas é um dos grupos que não entrou em greve.
Comerciantes e lojistas contabilizam os prejuízos após a noite de saques e depredações no município de Abreu e Lima (Foto: Veetmano/Fotoarena/Estadão Conteúdo)
Conforme a assessoria de imprensa do Governo de Pernambuco, a previsão é de que o primeiro grupo da Força Nacional, que chegou de Alagoas às 5h30, comece a atuar às 10h. Pela manhã, eles se concentram no Centro Acadêmico do Exército (Cemep) antes de se dispersarem pelos principais pontos da cidade.
Ainda de acordo com o governo, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) está previsto para trazer mais tropas da Força Nacional às 11h30 e outro às 16h30.
Entenda a paralisação
Uma comissão independente de PMs iniciou a paralisação na noite de terça (13) e decidiu manter a mobilização na noite de quarta (14), após reunião com líderes do governo e representantes da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Nem o governo do estado nem o movimento grevista precisaram quantos PMs aderiram à paralisação.
Um dos representantes dos PMs, soldado Joel Maurino, afirmou que a paralisação foi mantida porque não foi fechado acordo quanto ao aumento de 50% no salário-base, uma das reivindicações da categoria. O grupo envolvido na mobilização também pleiteia, entre outros pontos, aumento do vale-refeição e estruturação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) da corporação.
O secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, informou que os PMs terão reajuste de 14,55% no contracheque de junho, equivalente à quarta parcela acordada em acerto entre governo e categoria, há quatro anos. O primeiro aumento foi em 2011, de 14%; a segunda e a terceira parcelas foram de 10%, em 2012 e 2013. Os reajustes foram concedidos sempre no mês de junho de cada ano.
O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), solicitou na quarta-feira (14) a ajuda dos homens da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército para substituir os PMs grevistas. As tropas começaram a desembarcar na madrugada desta quinta (15) e já estão nas ruas fazendo policiamento ostensivo. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, virá ao estado nesta quinta, acompanhado de um general designado para comandar as ações das Forças Armadas.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a ilegalidade da greve, na noite de quarta-feira. A multa prevista para a categoria será de R$ 100 mil por dia de paralisação. A ordem é para que os policiais militares voltem ao trabalho imediatamente.
Fonte: g1.globo.com
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