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terça-feira, 9 de junho de 2015

AVISA O CRIMINOSO PRA FUGIR: Publicação de mandados judiciais em site prejudica operação, diz polícia no Rio Grande ddo Sul

Delegado acredita que suspeitos se informaram por site da Justiça.
Operação da polícia no RS foi prejudicada por sumiço de suspeitos.

Do G1 RS
Policia apreendeu arma durante operação (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil realizou uma operação na manhã desta terça-feira (19) para tentar combater o tráfico de drogas e os homicídios na região das ilhas do Guaíba, no Rio Grande do Sul. Porém, segundo o delegado Filipe Bringhenti, os suspeitos não estavam no local.

Bringhenti acredita que o motivo do sumiço é por conta da publicação dos mandados judiciais no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) da Justiça. Ele sustenta que os advogados, ou os próprios suspeitos, olharam na internet e descobriram sobre a intenção da operação.

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Os policiais pretendiam prender Marcio dos Santos Xavier, conhecido como Nego, e Joaquim da Silva Santiago Neto, apelidado de Junior. Outros mandados de prisão não foram divulgados.

"Nós pedimos o sigilo dos mandados, para cumprir da forma mais eficaz possível, e não foi deferido. Está muito difícil conseguir com a Justiça o sigilo", lamenta. "Os mandados foram deferidos na semana passada e, diante dos fatos que analisamos, o melhor momento para cumprir era hoje. Da semana passada para cá, três indivíduos haviam sido presos. O que acontece? Quando um deles sabe que o outro foi preso, eles verificam".

Conforme o delegado, os próprios familiares e amigos de dois suspeitos afirmaram aos policiais que o cumprimento dos mandados era conhecido.

"A mãe de um deles relatou que ele tomou conhecimento de que tinha o mandado, juntou as coisas e foi embora. No outro, uma vizinha falou o mesmo. Toda a operação foi prejudicada, porque nem celulares, que poderiam ser apreendidos, havia nos locais".

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) se manifestou sobre o assunto. "O vazamento não deveria ter ocorrido, e o Tribunal de Justiça vai apurar se houve falha nos procedimentos internos", afirmou o Desembargador Túlio Martins, Presidente do Conselho de Comunicação Social do TJ-RS.

Fonte: G1 RS

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