Delegado acredita que suspeitos se informaram por site da Justiça.
Operação da polícia no RS foi prejudicada por sumiço de suspeitos.
Do G1 RS
Policia apreendeu arma durante operação (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A Polícia Civil realizou uma operação na manhã desta terça-feira (19) para tentar combater o tráfico de drogas e os homicídios na região das ilhas do Guaíba, no Rio Grande do Sul. Porém, segundo o delegado Filipe Bringhenti, os suspeitos não estavam no local.
Bringhenti acredita que o motivo do sumiço é por conta da publicação dos mandados judiciais no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) da Justiça. Ele sustenta que os advogados, ou os próprios suspeitos, olharam na internet e descobriram sobre a intenção da operação.
Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Os policiais pretendiam prender Marcio dos Santos Xavier, conhecido como Nego, e Joaquim da Silva Santiago Neto, apelidado de Junior. Outros mandados de prisão não foram divulgados.
"Nós pedimos o sigilo dos mandados, para cumprir da forma mais eficaz possível, e não foi deferido. Está muito difícil conseguir com a Justiça o sigilo", lamenta. "Os mandados foram deferidos na semana passada e, diante dos fatos que analisamos, o melhor momento para cumprir era hoje. Da semana passada para cá, três indivíduos haviam sido presos. O que acontece? Quando um deles sabe que o outro foi preso, eles verificam".
Conforme o delegado, os próprios familiares e amigos de dois suspeitos afirmaram aos policiais que o cumprimento dos mandados era conhecido.
"A mãe de um deles relatou que ele tomou conhecimento de que tinha o mandado, juntou as coisas e foi embora. No outro, uma vizinha falou o mesmo. Toda a operação foi prejudicada, porque nem celulares, que poderiam ser apreendidos, havia nos locais".
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) se manifestou sobre o assunto. "O vazamento não deveria ter ocorrido, e o Tribunal de Justiça vai apurar se houve falha nos procedimentos internos", afirmou o Desembargador Túlio Martins, Presidente do Conselho de Comunicação Social do TJ-RS.
Fonte: G1 RS
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