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segunda-feira, 21 de abril de 2014

POLÍCIA CIVIL DE MG RECUPERA ARMAS ROUBADAS SO SISTEMA PRISIONAL





fonte: http://www.em.com.br



Segundo Wanderson Gomes, polícia encontrou 90% do arsenal.
Foram presos 4 suspeitos; armas foram roubadas em Ribeirão das Neves.


Raquel Freitas Do G1 MG

Policial exibe uma das armas roubadas da Central de Escoltas e que foi recuperada.
(Foto: Raquel Freitas/ G1 MG)

O delegado Wanderson Gomes, da Divisão de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil, informou, na manhã desta segunda-feira (21), que 90% das armas roubadas da Central de Escoltas de Ribeirão das Neves, no dia 24 de março, foram recuperadas. Além disso, quatro pessoas foram presas. Durante a ação criminosa no mês passado, 45 armas foram levadas da unidade do sistema prisional, ao lado da Penitenciária Dutra Ladeira.



No início da manhã, a Polícia Civil divulgou nota dizendo que o caso estava "totalmente esclarecido" e, em seguida, deu mais informações sobre as prisões e apreensões. De acordo com delegados responsáveis pela investigação, mandados foram cumpridos na noite de ontem e na madrugada desta segunda-feira (21). As armas foram recuperadas em quatro casas da periferia de Ribeirão das Neves, e algumas tinham numeração e brasão raspados.

Por volta das 10h45, um comboio chegou à sede do Deoesp, no bairro Gameleira, na Região Oeste, levando presos e o armamento recuperado. Policias exibiram algumas das armas. A polícia afirma que conseguiu reaver 33 pistolas .40 e seis submetralhadoras, além de 1,5 mil munições e 97 carregadores. Seis ainda estão desaparecidas.

Seis subemetralhadoras e 33 pistolas foram apreendidas (Foto: Raquel Freitas/G1)

Dentre os presos, há um agente penitenciário que estava de plantão no dia do roubo e um comprador do armamento, segundo o delegado Bruno Wink. Detalhes da participação do servidor não foram revelados. Um investigador que acompanhou a apresentação dos produtos recuperados disse ao G1 que os outros dois envolvidos são um irmão do agente e uma pessoa da região que ajudou na ação criminosa, mas não há confirmação disso pelos responsáveis pelo caso. A corporação espera prender um quinto suspeito, que já teria sido identificado.

Após o roubo, a Central de Escoltas foi desativada, e nove agentes que estavam de plantão foram afastados. De acordo com a Polícia Civil, as investigações devem durar mais cerca de 10 dias. Laudos períciais ainda não foram concluídos.

Dia do roubo

Trinta e nove pistolas .40 e seis submetralhadoras foram roubadas. Os agentes foram encontrados, na mudança de turno, alguns dormindo e outros passando mal. A suspeita é que eles tenham sido dopados. Alimentos que estavam no local foram recolhidos para perícia.

Por causa do roubo, nove agentes que estavam dentro da Central de Escoltas foram afastados preventivamente, e o local foi desativado. Lá ficavam os servidores responsáveis pela segurança no transporte de presos de todas as penitenciárias da cidade. À época do roubo, o subsecretário de Administração Prisional de Minas Gerais, Murilo Andrade de Oliveira, afirmou que o afastamento era um procedimento padrão, até que a Polícia Civil concluísse a investigação, e que os nove responderiam a processo administrativo.

Central de Escoltas, em Ribeirão das Neves, na Grande BH
(Foto: Reprodução/TV Globo)

Segurança

 A casa onde funcionava a Central de Escoltas, de acordo com o subsecretário, não tinha alarme e nem circuito interno de TV. Uma câmera de segurança na Penitenciária Dutra Ladeira conseguia acompanhar o entorno da casa, mas não teria gravado nenhuma movimentação suspeita durante o roubo, no dia 24 de março.

As armas que foram roubadas estavam em dois lugares: dentro de um cofre e dentro de uma sala blindada. A Subsecretaria de Administração Prisional de Minas Gerais afirmou que nenhum destes locais foi arrombado, nem outra porta da unidade.

FONTE: G1.GLOBO.COM

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