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A Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Seqüestros, Garras, concluiu este mês as investigações que apuraram o roubo a uma agência bancária de Antônio João (MS), ocorrido no final de novembro do ano passado, quando uma associação criminosa fortemente armada rendeu e tomou armas, coletes e munições de policiais militares do município e em seguida praticou o crime.
De acordo com o delegado titular do Garras, Dr. Alberto Vieira Rossi o pontapé inicial para o esclarecimento do roubo foi a prisão de Mauri Nunes da Costa, 33 anos. “Além de ser foragido da justiça, ele já vinha sendo investigado por envolvimento no assalto a uma agência bancária de Aral Moreira e após ser preso pela Polícia Federal foi interrogado pelo Garras e acabou confessando o crime”, explica o delegado.
Diligências
Uma operação realizada pelo Garras em conjunto com a Polícia Federal, Polícia Civil, Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) e o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) foram cumpridos vários mandados de busca e apreensão em Ponta Porã, sendo que em um dos endereços foi preso o foragido José Rodrigo Halke Domingues, 28 anos. No local estava também Valdecy José de Araújo, 47 anos, que na ocasião apresentou documentos em nome de Alexandre da Silva Araújo.
Segundo Dr. Rossi as checagens aos sistemas Sigo e Infoseg comprovaram a identidade verdadeira de Valdecy, que tinha em aberto mais de 14 mandados de prisão expedidos pela justiça paulista, com envolvimento direto em roubos a bancos e carros de transportes de valores.
Nas diligências seguintes foram presos Fábio Wilhans Rodrigues de Miranda, 33 anos, acusado de participar diretamente do roubo de Antônio João e de ser o responsável segundo o Garras pela guarda de parte do armamento. “Ele inclusive foi preso na posse de duas pistolas calibre 9 milímetros e de uma carabina calibre 44”, explica o Dr. Rossi, que não descarta a participação do acusado também no roubo a banco ocorrido em Aral Moreira, em dezembro de 2012.
Outro preso pelo Garras, sob acusação de envolvimento no crime é Bruno Alberto de Sousa, 21 anos, que durante abordagem policial dirigia um veículo Fiat Uno, cor vermelha, com placas do Paraguai e apresentou documentos falsos e foi autuado em flagrante, junto com outros comparsas.
Também foi preso durante as operações realizadas pelo Garras para esclarecer o crime, Ronaldo Almeida Cardoso, 46 anos, que cumpria pena no regime semiaberto de Ponta Porã. “O Ronaldo também teve participação direta no crime e tinha ligações com Antônio José de Souza”, afirma o delegado.
Durante as investigações o Garras apurou ainda que o responsável pelo repasse de informações aos criminosos seria o cabo da Polícia Militar, Márcio Rodrigues, lotado no Batalhão da PM de Antônio João. Segundo Dr. Rossi o cabo teria inclusive participado de reuniões para o planejamento da ação, que teriam acontecido na casa de Mauri Nunes e de outros integrantes da associação criminosa na cidade de Pedro Juan Caballero e cedido um rádio transmissor da polícia, para que o bando monitorasse as comunicações das viaturas.
Antolin Gaona Zayas, policial da Polícia Nacional Paraguaia também teve envolvimento no crime, de acordo com as investigações do Garras. “Foi necessário realizar um intercâmbio com a Senad do Paraguai, via Polícia Federal, para troca de informações e continuidade das diligências no país vizinho”, explica Dr. Rossi.
As diligências realizadas no Paraguai resultaram na prisão de Antoli, de Sérgio Daniel Riquelme Pucheta, 48 anos e na apreensão de capuzes, coletes balísticos, rádios transmissores, munições e drogas. De acordo com o delegado os coletes apreendidos na posse do policial paraguaio foram subtraídos do banco Bradesco. “Isso reforça as provas em relação a participação dos acusados”, diz.
Recentemente Antônio José de Sousa foi preso na cidade paraguaia Ciudad Del Este, que faz divisa com Foz do Iguaçu, no Paraná. “Ainda está foragido da justiça João Pucheta”, finaliza o delegado.
Fonte: PC/MS
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