Força Nacional foi acionada para reforçar policiamento ostensivo nas ruas.
No IML, média de exames de corpo de delito caiu de 30 para 2 na madrugada.
Polícia Militar e Companhia de Operações Especiais fizeram patrulhamento ostensivo
A presença da Força Nacional de Segurança nas ruas Porto Velho, juntamente com todo o efetivo da Polícia Militar (PM), após os ataques na noite de quinta-feira (19), que resultaram na morte de sete pessoas e 12 feridos, reduziu a quantidade de ocorrências registradas, deixando a noite de sexta-feira (20) e a madrugada de sábado (21) como um dos plantões mais tranquilos do ano na capital, segundo a polícia. No Instituto Médico Legal (IML), houve apenas dois exames de corpo de delito realizados por lesão corporal, enquanto a média em dias normais gira em torno de 30.
De acordo com a Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec), toda a ação da polícia para dar segurança à população foi tranquila e nenhum incidente foi registrado. Durante a noite, helicópteros sobrevoavam várias regiões de Porto Velho, a fim de evitar possíveis novos ataques. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também está dando apoio no policiamento.
Já a Polícia Militar (PM) afirma que o Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop) recebeu poucas denúncias. Para a Central de Flagrantes, foram levados um homem preso por porte ilegal de arma, oito pessoas por dirigem embriagadas, além de ocorrências por roubo e tentativa de roubo que foram registradas. Três foragidos do sistema prisional foram recapturados. Um comissário, que preferiu não se identificar, disse que o plantão foi um dos mais tranquilos. “Fazia tempo que num final de semana, o plantão não era tão tranquilo assim”, disse o comissário.
Ataques
O policiamento foi reforçado após os ataques registrados entre a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta-feira, onde morreram sete pessoas e 12 ficaram feridas. Os ataques foram feitos por homens, ainda não identificados pela polícia, que atiraram indiscriminadamente contra pessoas em diversos pontos da cidade, entre eles bares na Zona Leste e na Zona Sul da cidade e no Campo da Associação Futebolística do Bairro Areal (AFA), na região central.
Devido a sensação de insegurança que se espalhou por Porto Velho na sexta-feira, a Sesdec solicitou reforço da Força Nacional e encaminhou o efetivo para policiamento ostensivo nas ruas. “Nós estamos fechando os quartéis. Estamos, inclusive, puxando os policiais que estão cedidos a outras secretarias, no Ministério Público, no legislativo, estão sendo trazidos para serem colocados nas ruas. Na capital, nós teremos o emprego maciço do efetivo”, garante Bessa.
O governador do estado, Confúcio Moura, chegou a dizer em entrevista que os ataques são retaliações às ações da polícia. De acordo com o diretor geral da Polícia Civil, Pedro Mancebo, uma das linhas de investigação supõe que as ações criminosas estejam envolvidas com a deflagração da Operação Salve na quinta-feira (19), já que os primeiros ataques ocorreram na mesma região da capital onde foram apreendidos armamentos, na Zona Leste.
Segundo a Polícia Militar, o policiamento intensivo deve continuar durante todo o final de semana, sendo ainda reforçado o policiamento de trânsito nas principais vias de Porto Velho.
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