Entre a última sexta-feira (7) e segunda-feira (11), policiais civis da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) desencadearam a Operação Nova Era, que desarticulou uma quadrilha de assaltantes de veículos que agiam em Curitiba e região metropolitana, sempre com extrema violência. Dez pessoas foram presas. Um dos bandidos foi morto.
Roberson de Paula, 25 anos, foi morto em confronto, no sábado (9), no bairro Pilarzinho, em Curitiba, ao tentar reagir à prisão com uma pistola. “Ele tinha histórico de confronto com policiais, bem como era suspeito de ter matado um policial militar em outubro de 2011, no Uberaba. Ele era responsável por comandar os roubos que ocorriam na região de Curitiba”, contou o delegado-titular da DFRV, Cassiano Aufiero.
Sob o comando de Roberson, também ficavam responsáveis pelos roubos Vagner de Paula, 21 anos, (irmão de Roberson), Fernando Bocca, 24 anos, (possuía 3 mandados de prisão por roubo a veículos e também suspeito de matar um policial militar, em outubro de 2011, no Uberaba, também em uma situação de roubo de veículo), Felipe Gomes de Oliveira, 23 anos, Jackson Soares da Silva, 24 anos, Samuel Veríssimo Gonçalves, 19 anos, Gerson Luiz Nascimento dos Santos, 26 anos, e Douglas de Paula, 29 anos. Além dos roubos, eles davam apoio logístico à quadrilha, sendo responsáveis por esconder e distribuir as armas para os assaltos.
Após fazerem os roubos, os responsáveis por esconder os veículos durante certo período eram Wagner Hastel da Silva, 31 anos, e Sivaldo José Freitas, 45 anos.
Solange Maria Miranda de Paula, 49 anos, mãe de Vagner e Roberson, também integrava a quadrilha auxiliando nos roubos e também no tráfico de drogas, atividade que a quadrilha também exercia com grande intensidade. “Eles dominavam o comércio de drogas em Araucária, contando com ajuda de Cristiano Alberto de Freitas, 28 ano e Kleiton Sérgio Carneiro, 19 anos”, contou Aufiero.
Financiador
O grande financiador da quadrilha, responsável por encomendar os carros a serem roubados era o empresário Jorge Luiz Joly, 35 anos, que pagava de R$ 1,5 mil a R$ 5 mil por carro encomendado.
Joly, que foi preso na segunda-feira (10), teve buscas realizadas em Porto União-SC, local onde mora e possui sua empresa de autopeças.
Segundo Aufiero, a quadrilha desmontava os veículos, separava as peças em "pacotes", e os remetia por encomenda para outros receptadores no estado de Santa Catarina.
Ainda segundo o delegado, certos dos veículos eram "montados" em outros que eram arrematados em leilões de salvados, geralmente com avarias de grande monta, pois gerava maior lucro, sendo colocados novamente em circulação como se fosse recuperado, com documentação e aspecto legal. Tal conduta foi comprovada pelos policiais através da apreensão de uma Saveiro apreendido com Joly, que foi arrematado em um leilão em Santa Catarina, totalmente renovado, pois montado nele está um similar roubado por encomenda dele em Curitiba.
"Durante os quase três anos de existência, estima-se que mais de cem veículos foram roubados pela quadrilha", afirmou Aufiero.
Balanço
Ao total foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão, presas dez pessoas, um marginal morto em confronto, restando foragidos Cristiano Alberto de Freitas, Sivaldo José de Freitas e Jackson Soares da Silva.
Entre as apreensões estão seis veículos roubados, meio quilo de crack, uma pistola 9 milímetros, uma pistola .380, 60 munições de diversos calibres (38, .380, .40 e 9mm), dois coletes balísticos, um revolver calibre 32, diversos documentos de identificação falsos.
Os suspeitos serão indiciados por roubo qualificado, uso de documento falso, porte ilegal de arma e munição, associação criminosa, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, receptação e tráfico de drogas. “A quadrilha também é suspeita de ter participado de tiroteio envolvendo briga por disputa de ponto de tráfico na região do bairro Capela Velha, em Araucária, que resultou na morte de três jovens em março deste ano”, lembrou Aufiero.
Fonte: PC/PR
Fonte: PC/PR
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