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terça-feira, 30 de julho de 2013

Polícia Técnico-Científica ganha microscópio de última geração

O novo Microscóprio contribuirá para a elaboração de laudos
 
Peritos estão fazendo curso para trabalhar com o novo equipamento
 
Um equipamento de última geração adquirido pela Polícia Técnico-Científica de São Paulo vai ajudar a solução de crimes no Estado.
 
É o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), inaugurado nesta segunda-feira (29) na sede da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), no Butantã.
 
Com investimento de R$ 4 milhões, o novo microscópio é um equipamento capaz de produzir imagens em alta resolução da superfície e camadas internas de uma amostra. O equipamento é capaz ainda de digitalizar a substância analisada à procura e identificação de materiais biológicos.
A tecnologia proporcionará mais agilidade ao trabalho pericial, que se tornará ainda mais completo. Ele será utilizado pela equipe de peritos do Laboratório de Física do Centro de Exames, Análises e Pesquisas do IC (Instituto de Criminalística).
 
“Hoje o crime sofre um duro golpe pela associação entre competência e ciência. O Estado de São Paulo deve muito a este trabalho realizado anonimamente [dos peritos criminais], que tanto contribuem para o esclarecimento de fatos e para o enaltecimento da causa da Justiça”, parabenizou o secretário adjunto da Segurança Pública, Antonio Carlos Da Ponte.
 
Além de Da Ponte, participaram do evento o delegado geral da Polícia Civil, Luiz Mauricio Blazeck, a superintendente da Polícia Técnico-Científica, Norma Bonaccorso e o diretor do Centro de Exames, Análises e Pesquisas do Instituto de Criminalística, Waldir Dainezi.
 
O IC de São Paulo é o pioneiro na implantação da microscopia eletrônica de varredura na área forense. Um modelo anterior do MEV já era utilizado há 18 anos pela perícia paulista.
“Este novo Microscópio Eletrônico permite uma análise mais ampla, realizada molecularmente, em cada substância que compõe uma mesma amostra. Ele também é capaz de confrontar duas provas ao mesmo tempo, como, por exemplo, comparar se dois projéteis partiram de uma mesma arma de fogo”, afirmou Waldir Dainezi.
 
O equipamento é um dos mais modernos do mundo e permite detectar resíduos de disparo de arma de fogo, fazer comparações balísticas, além de identificar elementos químicos ao nível atômico.
O MEV também cria imagens tridimensionais a partir do material coletado, o que permite aos peritos uma visualização mais aguçada dos elementos, com grande profundidade de campo, podendo analisar até as camadas mais profundas do mesmo material.
 
“Com a nova aquisição, São Paulo é o primeiro estado a ter esse microscópio com uma configuração mais moderna. Além de aumentar a imagem, também ganhamos tempo nas análises sem que a amostra sofra nenhuma alteração”, afirmou o perito criminal Ermindo Aparecido, que foi homenageado pelo bom desempenho de seu trabalho.
 
Cinco peritos da Polícia Científica já estão se preparando para operar o novo microscópio e passam por treinamento com técnicos da empresa que fabrica o equipamento.
A iniciativa para a aquisição do MEV partiu do diretor do Laboratório de Física do CEAP, Adilson Pereira. A intenção é utilizar o equipamento para auxiliar na conclusão de laudos e relatórios de análises de maneira mais completa.
 
A microscopia eletrônica de varredura foi uma das ferramentas fundamentais que auxiliou no esclarecimento de casos de grande repercussão, como a morte da advogada Mércia Nakashima, em 2010, o caso Isabella Nardoni, em 2008, e o acidente da TAM, com voo JJ3054, em 2007.
 
Laboratório de Física
 
O evento também serviu para inaugurar as reformas feitas no Laboratório de Física.
As mudanças fazem parte de projeto da SPTC para readequar o espaço físico dos laboratórios forenses e trazer maior modernização e dinamismo para a produção de provas técnicas e periciais.
Para a reforma do laboratório foram investidos R$ 90 mil.

Beatrice Caparbo
 

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